João Rosmaninho D. S. Até ao Último Quarto

Se o contexto urbano e o espaço de habitar geram a nossa identidade, o que acontece quando nos perdemos na cidade ou em casa?

«Cidade de Vidro, de Paul Auster (n. 1947), é o relato de nove meses na vida (conhecida e desconhecida) de Quinn, Daniel Quinn. Escrito por Auster entre 1981 e 1984, o conto é um tour de force que acompanha o rumo à loucura de uma personagem durante o período que supomos (nós leitores, mas também o próprio narrador) possa ter durado dois meses e meio. Passou-se muito tempo. É impossível dizer exactamente quanto. Semanas certamente, mas talvez mesmo meses.

(…)

Em Cidade de Vidro há arquitectura e literatura, cidade e escrita, há distância e proximidade, individual e social, há dinheiro e falta dele, há público e privado, ordem e marginalidade, obsolescência e perenidade, etc. Enfim, há realidade simples e composta (qual delas a alucinada?). Há a certeza de uma combinação de experiências textuais assim como há também o rigor da desarrumação, do erro, do fragmento e do mais que se tente apontar ao longo das páginas. Há quartos e quartos.»

  • Opúsculos: n.º 22
  • Dimensões: 20 p., 15,0×22,5 cm
  • Edição: Dafne Editora
  • Data: Novembro de 2009
  • DL: 246357/06
  • ISSN: 1646-5253
  • Design: Manuel Granja