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A vida de arquitecto é repleta de emoções. Como ultrapassar a dimensão épica do processo de projecto e construção da obra?
«Um diplomata português a viver em África consulta as páginas amarelas para encontrar um escritório de engenharia que lhe faça o projecto de ampliação da sua casa. Seguindo a ordem alfabética, a, b, chega então ao escritório do meu pai, que felizmente tem um nome que começa por a, logo seguido de um b, e por ser engenheiro, estava na secção decisiva.
O telemóvel toca. O meu pai pergunta-me se posso ir no dia seguinte ver uma casa, para ampliar.
– Sim, com certeza. Onde é?
Lembrei-me de que um dia me pediram para desenhar um corrimão num apartamento de três andares na Foz. No final tinha desenhado tudo menos o corrimão. Normalmente isso acontece quando um cliente não sabe bem o que quer e espera que o arquitecto saiba o que ele quer. Não seria este caso, mas, até ver, fiquei na expectativa.»
- Opúsculos: n.º 13
- Dimensões: 20 p., 15,0×22,5 cm
- Edição: Dafne Editora
- Data: Dezembro de 2008
- DL: 246357/06
- ISSN: 1646-5253
- Design: Manuel Granja
